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Poetas de quem nada sabemos, com Dirceu Villa
Poetas de quem nada sabemos, com Dirceu Villa

Poetas de quem nada sabemos, com Dirceu Villa

Datas: 10, 17 e 24 de julho (quartas-feiras) Horário: das 19h30 às 22h

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Informações

10 de jul. de 2024, 19:30 – 24 de jul. de 2024, 22:00

Transmissão via Zoom

Sobre

A quantidade de poetas excelentes sobre quem nada sabemos é mais do que considerável: é escandalosa. Pensando em reduzir nosso descaso com essa gente ilustre vamos, em três encontros de férias, abordar quatro poetas de nacionalidades, línguas e tempos diversos, para um mergulho inicial em suas obras e na qualidade específica da poesia que produziram, discutindo os diversos motivos de ofuscamento desse(a)s poetas na consciência coletiva.

Veremos, no primeiro encontro, Peire Vidal, um trovador occitânico, ou provençal, uma das figuras mais notáveis daquela poesia no século XII, que teve também Bertran de Born e Arnaut Daniel. Sua linguagem é aparentemente simples, mas a peculiaridade de suas canções é algo que sempre chamou a atenção, tendo feito se passar por lobo, com uma pele do animal, para cantar sua amada, de nome Loba. 

Veremos também o maior satirista português do século XVII, Dom Tomás de Noronha, verdadeiro “poeta maldito”, chamado “Marcial de Alenquer”, e que ainda tem poemas inéditos em manuscrito; no segundo encontro, nos dedicaremos à extraordinária Hilda Doolittle, uma das primeiras e melhores poetas da vanguarda de língua inglesa, tendo sido a partir de um poema seu que se criou o Imagismo, em 1912. Talvez tenha sido a única a se manter imagista por toda a vida, o que culminou no grande poema Helen in Egypt, de 1960; por fim, no terceiro encontro, veremos o grande poeta brasileiro, o maranhense Sousândrade, autor do Guesa, poema longo e radicalíssimo, escrito em parte como só a vanguarda do século XX conseguiria. Vendo que suas obras não repercutiam, escreveu que lamentava que fosse lido apenas 50 anos depois, pois havia nascido 50 anos antes. Ainda está por ser lido, mesmo com a revisão de sua obra empreendida por Augusto e Haroldo de Campos.

Todos os poemas em língua estrangeira serão apresentados em traduções para o português, e todos serão comentados coletivamente pelo grupo com a orientação de Dirceu Villa.

O curso não exige nenhum conhecimento prévio e se destina a quem deseje conhecer mais da grande poesia mundial ainda pouco ou nada conhecida.

>>Vai viajar? O curso será gravado e você poderá assistir quantas vezes quiser às gravações das aulas.

>> Emitimos certificado de participação!

Dirceu Villa (1975, São Paulo) é poeta, tradutor e ensaísta, autor de 7 livros de poesia: MCMXCVIII (1998), Descort (2003, prêmio Nascente), Icterofagia (2008, ProAC), Transformador (antologia, 2014), speechless tribes: três séries de poemas incompreensíveis (plaquete, 2018), couraça (2020) e ciência nova (2022). Traduziu Um anarquista e outros contos, de Joseph Conrad (2009), Lustra, de Ezra Pound (2011), Famosa na sua cabeça, de Mairéad Byrne (2015), “O chamado de Cthulhu”, de H. P. Lovecraft (2020), “O Anjo Heurtebise”, de Jean Cocteau (inédito), e Hugh Selwyn Mauberley, de Ezra Pound (no prelo). Tem doutorado sobre o Renascimento italiano e inglês na USP (2012), com estágio em Londres, e pós-doutorado em Literatura Brasileira (2015), pesquisando a revisão do cânone brasileiro e português. Foi convidado para os festivais de poesia de Berlim, na Alemanha (2012), Granada, na Nicarágua (2018) e Siena, na Itália (2019), além de ter realizado, pelo British Council e a FLIP, uma residência de tradução em Norwich e Londres (2015). Sua poesia já foi traduzida para o espanhol, o inglês, o italiano, o francês e o alemão, publicada em antologias ou revistas especializadas. Foi professor da UNIFESP e do CLIPE (Curso Livre de Preparação de Escritores) da Casa das Rosas, Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, é há 10 anos professor da Oficina de Tradução de Poesia da Casa Guilherme de Almeida, Centro de Estudos de Tradução Literária, e, há 4 anos, leciona escrita de poesia com o Laboratório Permanente do Poema, no Instituto Capivara Cultural.

>> Estes valores têm um caráter de doação e serão usados para financiar os projetos d'A Capivara Instituto Cultural.

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