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#apoetadesabado Nísia Floresta - Aqui sob esta abóbada




Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto, foi uma educadora, escritora e poeta muito a frente de seu tempo. Nascida em Papari, Rio Grande do Norte em 1810, teve seu primeiro livro publicado aos 22 anos “Direitos das mulheres e injustiça dos homens”.


Estreou como escritora em 1831 no jornal Espelho das Brasileiras, de Pernambuco, e desde as primeiras publicações tratou da condição feminina. Nísia ainda dirigiu um colégio para meninas na cidade do Rio de Janeiro e escreveu diversas obras em defesa dos direitos das mulheres, índios e escravos, envolvendo-se plenamente com as questões culturais de seu tempo, através de sua militância sob diversas vertentes.


Tais feitos renderam à Nísia não somente críticas pedagógicas, mas também ataques à sua vida pessoal; à moda machista, artigos nos jornais tentaram depreciá-la como promíscua nas relações com homens e com suas alunas.


Denunciou também a devastadora opressão colonial contra os povos indígenas, em livros como "A lágrima de um caeté”, de 1849, poema épico de 39 páginas, que em sua segunda parte tem como pano de fundo a Revolução Praieira.


A cidade de Papari hoje se chama Nísia Floresta.





Antologia: Poetas do Rio Grande do Norte, Imprensa Industrial, 1922.








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