Minha quinta indicação de leitura são cinco poemas aqui apresentados em versão bilíngue, traduzidos do inglês por Vinicius Shindy Takahashi Freres: The moon is trans (“A lua é trans”) de Joshua Jennifer Espinoza, Dysphoria (“Disforia”) de Oliver Baez Bendorf, On geography of belonging (“Uma geografia do pertencimento”) de Kayleb Rae Candrilli, On trans (“Sobre trans”) de Miller Oberman e notes on the seasons (“notas sobre as estações”) de Raquel Salas Rivera.
Esses poemas fazem parte de uma pesquisa de ponta, “Representação de identidades trans em alguns poemas de língua inglesa do século XXI: traduções e análises”, orientada pela professora Lavinia Silvares no curso de Letras da Universidade Federal de São Paulo. Eu tive a alegria e a honra de participar da banca de discussão do trabalho, juntamente com o professor e poeta Pedro Marques, e disse lá algo que repito aqui: eu gostaria que esses poemas e essas traduções fossem muito lidos; assim como os poemas de Giovanna Cristina Vivinetto (minha quarta indicação), eles abrem uma clareira temática ainda pouco visitada na poesia (a experiência trans), ainda que se refiram a uma realidade tão antiga quanto a espécie humana.
Ana Cláudia Romano Ribeiro escreve, pesquisa, desenha, dá aula, performa. Tudo queer.
Publicou o livro de poemas Ave, semente (Editacuja, 2021), a tradução com introdução e notas da utopia francesa A terra austral conhecida (1676) de Gabriel de Foigny (editora da Unicamp, 2011) e coeditou a revista Morus – Utopia e Renascimento. Atualmente está no prelo sua tradução com introdução e notas da Utopia (1516) de Thomas More (editora da UFPR). Traduziu também os aforismos poéticos Poteaux d’angles (Pilares de canto), de Henri Michaux, e, em projeto coletivo, a peça de teatro Le bleu de l’île (O azul da ilha), de Évelyne Trouillot. Ilustrou A princesa que conseguiu virar moça comum e As cinco Franciscas de Deise Abreu Pacheco (inéditos).
A #poesiaqueer faz parte de nosso projeto de curadorias temáticas, onde convidamos escritoras(es), tradutoras(es) e pesquisadoras(es), para indicar e refletir sobre questões do fazer literário em nossos dias. Confira outras das iniciativas em nosso blog!
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